Brasil
Extintas na natureza, ararinhas-azuis serão reinseridas de volta à Caatinga
Aves que estavam na Alemanha chegam ao Brasil para iniciar processo de reintrodução em seu habitat natural
Da Redação do Diamante Online
21/02/2020 às 09:49 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
Cinquenta ariranhas-azuis serão trazidas da Alemanha no próximo dia 3 de março e conduzidas para um centro de reprodução construído para receber as aves e posteriormente reintroduzir os animais na natureza. As ararinhas-azuis são consideradas extintas na natureza desde o ano 2000, devido às ações de caçadores e traficantes de animais.
As aves serão trazidas da Alemanha e vão ser levadas para a cidade de Curaçá, na Bahia. Será realizada uma coletiva de imprensa no Aeroporto de Petrolina com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; o presidente do ICMBio, Homero Cerqueira; e o presidente da instituição alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), Martin Guth.
Descoberta no início do século XIX pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, a ararinhaazul (Cyanopsitta spixii), espécie exclusiva da Caatinga brasileira, teve sua população dizimada pela ação do homem. O último exemplar conhecido na natureza desapareceu em outubro de 2000. Desde então, os poucos exemplares que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro, quase todos no exterior. A ararinha é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Em 2000, foi classificada como Criticamente em Perigo (CR) possivelmente Extinta na Natureza (EW), restando apenas indivíduos em cativeiro.
Rara, a espécie vivia originalmente numa pequena região do interior de Juazeiro e Curaçá, no norte da Bahia, onde o Governo Federal criou, em junho de 2018, duas unidades de conservação: o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul (com 29,2 mil hectares) e a Área de Proteção Ambiental da Ararinha-Azul (com 90,6 mil hectares), destinadas à reintrodução e proteção da espécie, e conservação do bioma da caatinga.
A construção do Centro e o projeto de reintrodução são custeados pela ONG ACTP.
A primeira soltura está prevista para 2021. Ao longo deste período os animais passarão por processo de adaptação e treinamento para viverem em vida livre.
Além disto, serão realizados testes de soltura com um papagaio conhecido como Maracanã.
ClickPB
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