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Brasil

Adolescente mata os pais a marteladas no RJ

Adolescente era agressivo, disse irmão mais velho.

Por Redação

25/05/2024 às 07:14 | Atualizado em 29/09/2024 às 17:42

Luís Cláudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos 58 anos, foram mortos pelo filho no RJ - Reprodução

Luís Cláudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos 58 anos, foram mortos pelo filho no RJ (Foto: Reprodução)

O irmão mais velho do adolescente que matou os pais a marteladas nessa quinta-feira (23), na Zona Oeste do Rio, contou que o irmão sempre foi agressivo e se irritava com quem pegasse nas coisas dele. O jovem, de 20 anos, que foi adotado por outra família, disse que o irmão sempre recebeu carinho dos pais.

“Eu convivi com ele em 2019 durante três meses na finalização do meu ensino fundamental. Os pais dele sempre trataram ele com muito amor e dedicação. Só que o comportamento do meu irmão perante eles era muito agressivo, arrogante, tinha que ser na hora dele”, declarou.

“Tinha dificuldade de dizer não, não podia pegar nada dele que ele entrava em surto. Tinha que ser no tempo dele. Tinha esses comportamentos agressivos mesmo. Era constante dentro de casa”, finalizou o irmão.

Oito irmãos

Ao todo são oito irmãos, sendo quatro filhos do mesmo casamento. Os quatro foram adotados por famílias diferentes.

O adolescente que matou os pais foi adotado aos 3 anos. Apesar do comportamento agressivo, o crime brutal surpreendeu o irmão mais velho.

“Eu não imaginava que isso iria acontecer. Chegar a esse ponto. Até porque ele não demonstrou nenhum tipo de arrependimento. Nem quando foi pego e nem na delegacia”, afirmou o homem.

“Eu espero que ele cumpra a pena necessária. Que ele fique por muito tempo e pense no que ele fez. Isso é uma coisa desumana. Eu como irmão não passo a mão na cabeça dele e a justiça vai decidir o que vai fazer com ele”, concluiu o parente.

Sempre foi ‘agitado’

Vizinha do adolescente, Denilza Maia, contou que conhecia o jovem desde pequeno e que ele sempre foi agitado. “Sempre brincou com todas as crianças, sempre foi muito agitado, hiperativo, sempre correndo muito pra lá e pra cá", conta.

“Ele estava sempre ali na praça brincando. Até a menina me contou que ele estava de briga com os meninos, sempre batendo em alguém, porque chamavam ele de maluco. Mas ele chegar ao ponto de fazer o que ele fez? É difícil acreditar, porque o pai e a mãe criaram ele com muito carinho, eles eram evangélicos.”

Testemunhas contataram ainda que o adolescente tomava medicamentos psiquiátricos e que ele teria sido matriculado na aula de jiu-jitsu para conter a agressividade.

O caso está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O adolescente foi apreendido em flagrante e levado a delegacia. Os agentes da DH vão ouvir testemunhas e realizar diligências para esclarecer todos os fatos e a motivação dos assassinatos.

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