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Brasil

Focos de incêndio no Pantanal crescem 931% no primeiro semestre de 2024

Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano.

Por Redação

05/06/2024 às 07:26 | Atualizado em 05/06/2024 às 07:27

Fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul. - CPA-CBMMS / Mairinco de Pauda

Fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul. (Foto: CPA-CBMMS / Mairinco de Pauda)

Os focos de incêndio no bioma Pantanal, presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cresceram 931% em um ano, mostram os dados do Satélite de Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Enquanto em 2023 foram registrados 91 focos de incêndio pelos pesquisadores, entre os meses de janeiro e junho, em 2024 o índice saltou para 939, no mesmo período.

Apenas em Mato Grosso do Sul, foram 521 focos neste ano, contra 52 no ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros do estado, equipes conseguiram contem o fogo em três Parques Estaduais: Pantanal do Rio Negro (Pantanal); Nascentes do Taquari (Cerrado) e Várzeas do Rio Ivinhema (Mata Atlântica).

A corporação ressalta também que iniciaram em abril a Operação Pantanal, atualmente na etapa de Preparação e Prevenção para os períodos de seca extrema. São 61 militares em ação, divididos entre atividades de gerenciamento e campo.

Na manhã desta terça-feira (4), saiu de Campo Grande (MS) a aeronave Fronteira 1 da Polícia Militar, com destino a Corumbá. Ela vai ajudar os combatentes a acessar as regiões de incêndio. Junto com a aeronave chegará um militar especialista em Incêndio Florestal para reforçar a guarnição.

Especialistas explicam que junho é o período em que começam as queimadas no bioma, que pode durar até seis meses. O inverno é considerado um período de atenção, já que o tempo fica seco e há menos chance de chuvas.

Em 2020, quase 60% dos focos de incêndio no Pantanal foram provocados por ações humanas, segundo estudo apresentado pelos Ministérios Públicos de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso.

Desafios: O local dos focos de incêndio é de difícil acesso, com vegetação densa, o que dificulta o combate. Após saírem das bases militares em Corumbá, os brigadistas pegam embarcações e depois precisam caminhar no brejo, com os equipamentos de combate ao fogo, para completar o trajeto até os incêndios.

O cenário foi enfrentado por seis militares no domingo (2), para combater dois focos de incêndio de grandes proporções em Corumbá. O fogo foi tamanho que uma extensa cortina de fumaça subiu pela cidade. 

“A principal dificuldade do trabalho é acessar esses focos, por conta das características do pantanal, mas os militares estão nos dois locais”, relatou o capitão Samuel Pedroso, do Corpo de Bombeiros.

G1

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