Brasil
Estudante de 16 anos cria sensor de radiação solar para prevenir câncer de pele: ‘pode salvar vidas’
A jovem Camila Feitosa, de Teresina, vai representar o Piauí e o Nordeste no Festival de Ciência e Tecnologia da Tunísia, previsto para março de 2025.
Por Redação
03/10/2024 às 14:36 | Atualizado em 02/11/2024 às 17:02
Estudante de 16 anos cria sensor de radiação solar para prevenir câncer de pele: ‘pode salvar vidas’ — Foto: Reprodução
A estudante Camila Feitosa, de 16 anos, criou um sensor que mede a radiação solar e pode auxiliar na prevenção ao câncer de pele. O dispositivo detecta e quantifica a radiação ultravioleta e alerta as pessoas sobre o nível de exposição ao sol.
O projeto foi apresentado pela primeira vez em maio do ano passado, na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), em que Camila ganhou o primeiro lugar na categoria saúde. Agora, a jovem vai representar o Piauí e o Nordeste no Festival de Ciência e Tecnologia da Tunísia, previsto para março de 2025.
Moradora de Teresina, a alta incidência solar e as temperaturas elevadas motivaram a estudante a desenvolver a ideia. O objetivo do sensor é prevenir, além do câncer de pele, outras doenças causadas pelo excesso de exposição ao sol.
“Por morar em uma cidade muito ensolarada, a gente percebe que a radiação afeta a saúde das pessoas. Muitas até têm protetor solar, mas esquecem de usar. É gratificante saber que o esforço para esse trabalho está valendo a pena e pode até salvar vidas”, declarou Camila.
Ela trabalha em três dispositivos: o primeiro é uma espécie de máquina que capta os índices de radiação no ambiente e os classifica, por meio de cores e sons, como baixo, moderado, alto e muito alto.
Devido ao tamanho da invenção, Camila pensou em uma segunda alternativa: ela implementou um cálculo para determinar a quantidade de tempo seguro para ficar sob o sol e a exposição acumulada dos raios solares.
Esse cálculo é aplicado a um capacete, que serve como equipamento individual, e atende ao fator de proteção solar, tipo de pele e tempo de exposição da pessoa que o utiliza. Os dados são enviados por wi-fi em tempo real a um monitor.
“É um equipamento que dá segurança para a empresa e também o funcionário, que sabe quando precisa sair do sol para se proteger e evitar, por exemplo, o câncer de pele”, destacou a estudante.
O terceiro dispositivo é ainda mais portátil: um relógio do tipo smartwatch, conectado ao sensor, que envia os índices a um aplicativo. A iniciativa foi pensada para contemplar o público infantil, cujos pais podem monitorar os resultados.
Co-orientador do projeto, o professor Edwar Montenegro apontou que alguns ajustes ainda precisam ser feitos, como a diminuição do tamanho e o aumento do alcance e da eficiência. Ele citou que as informações do relógio, conectado à internet, podem ser verificadas de qualquer lugar do mundo.
“Camila faz parte de uma geração de alunos que são protagonistas na sociedade. Eles não se limitam ao conhecimento tradicional, como provas e questões, mas querem participar ativamente da imersão tecnológica para tentar mudar, de fato, algumas coisas no mundo”, completou o professor.
G1
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