Brasil
Resultado de pesquisa de 10 anos: pele de Tilápia para queimadura vai virar curativo
Método criado no Brasil pelo professor Marcelo Borges, a pele de tilápia para queimadura é um dos grandes potenciais da medicina.
Por Redação
16/01/2025 às 08:10 | Atualizado em 16/01/2025 às 13:39
A Universidade Federal do Ceará divulgou nesta segunda feira (13), o edital de seleção para licença de uso da patente para o processo de obtenção de pele de animal liofilizada e uso da mesma em kit curativo biológico de pele de Tilápia Liofilizada usada em tratamento de queimaduras.
A patente pertence aos médicos Marcelo Borges de Miranda, Edmar Maciel Lima Júnior e a UFC que estão trabalhando no projeto há uma década. A seleção é para a escolha de uma empresa que poderá usar a patente até o fim de sua validade. Ele é Cirurgião Plástico e especialista em queimaduras e feridas.
Patente obtida
O professor Marcelo Borges atua no Recife no setor de queimados do Hospital São Marcos e vem trabalhando no projeto há 10 anos e já aplicou a pele de tilápia em centenas de pacientes, mas obteve a patente em parceria com o professor Edmar Maciel que também trabalha com a técnica na UFC.
Ele vem conversando com a empresa pernambucana Hebron Farmacêutica que acompanha a pesquisa e que tem interesse em fazer o processamento industrial da pele de tilápia desenvolvendo os kits para aplicação comercial.
Força da Hebron
O projeto vem sendo analisado pela Hebron Farmacêutico logo após a certificação da patente. Ela é conhecida pelo desenvolvimento de processos analíticos, pesquisas clínicas, biológicas, químicas e fitoterápicas, produção de matérias primas, de produtos farmacêuticos, de cosméticos e alimentos funcionais.
Além do Ceará a Hebron tem parceria com universidades como as Universidades Federais de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba, e com a Universidade Presbiteriana Mackenzie e as Universidades Estaduais de São Paulo (USP), Campinas (UNICAMP) e Pernambuco (UPE).
Eficiencia testada
Método criado no Brasil pelo professor Marcelo Borges, a pele de tilápia para queimadura é um dos grandes potenciais da medicina para o tratamento de ferimentos por queimaduras na pele.
Além da sua utilização na culinária, a tilápia tem um potencial único no campo da medicina, especificamente para o tratamento de queimaduras de pele de segundo e terceiro graus.
O método oferece inúmeros benefícios em relação a outros tratamentos. Como permanece sobre a queimadura durante vários dias, em função da gravidade do ferimento, a pele do peixe evita as dores que resultam na necessidade da troca do curativo.
Em outros países, é usada a pele de outros animais, principalmente de porco. Mas uma grande vantagem de usar a tilápia é que “sabemos que esses peixes tem menos possibilidades de transmitir doenças do que os terrestres”, assinala Maciel.
JC.com.br
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