Brasil
Mulher confessa ter matado a filha de 15 dias: 'Sufoquei com a almofada da sala'
Eduarda de Oliveira conta que embalou o corpo da filha com o saco do enxoval.
Por Redação
18/04/2025 às 09:31

Eduarda de Oliveira conta que embalou o corpo da filha com o saco do enxoval. Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida. (Foto: Reprodução)
O depoimento da mãe que confessou ter matado a filha recém-nascida em Novo Lino (AL) foi gravado em vídeo, na noite de terça-feira (15). As imagens mostram Eduarda de Oliveira, de 22 anos, contando à polícia que asfixiou a filha com uma almofada, enrolou o corpo em sacos plásticos e escondeu em um armário com materiais de limpeza.
Antes desse depoimento, Eduarda havia dado outra versão para a morte da menina, de que ela se engasgou durante a amamentação, mas depois confessou o crime. A TV Gazeta teve acesso ao vídeo do depoimento, de cerca de 18 minutos, na Delegacia Regional de Novo Lino.
"Ela ficou chorando um pouquinho. Levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala. Eu botei ela no sofá e peguei a almofada e botei [no rosto da filha]. No sofá da sala. Foi a almofada e o lençol", disse.
A mãe de Ana Beatriz está presa preventivamente por ocultação de cadáver. A polícia ainda aguarda o resultado da necropsia no corpo da bebê. Se confirmada a morte por asfixia, ela pode ser autuada também pelo crime de infanticídio.
O g1 tentou localizar a defesa de Eduarda, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.
Durante o depoimento, Eduarda contou ainda que chegou a amamentar a filha antes de cometer o crime e então deu detalhes de como escondeu o corpo.
"Depois, eu peguei um saco grande que tinha comprando as coisas do enxoval e coloquei ela".
Em outro trecho do vídeo, Eduarda afirmou que, após esconder o corpo da bebê, sentiu arrependimento por ter matado a filha.
"Eu não consegui dormir, fiquei perambulando na casa, fui para a porta, voltei e fui no armário, achando que ela poderia estar viva, mas ela não estava. Eu deixei ela lá. Ela ficou lá desde quando coloquei, não mexi mais".
O cadáver foi encontrado enrolado em um saco plástico dentro de um armário junto com materiais de limpeza.
A mãe disse ainda que não teve a ajuda de ninguém e que o marido, que estava a trabalho em São Paulo, só soube o que aconteceu quando ela confessou tudo para o advogado.
"Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado ficou dizendo pra que eu falasse a verdade".
Durante audiência de custódia nesta quarta-feira (16), a Justiça determinou que Eduarda continuasse presa preventivamente. Ela vai precisar passar por um tratamento psiquiátrico enquanto estiver presa.
G1
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