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Justiça condena jovem a 15 anos de prisão por jogar criança do 10º andar
Laudos psiquiátricos apontam que Bravery é autista e possui transtorno de personalidade mista, mas o tribunal entendeu que o diagnóstico não explica o ataque.
Da Redação do Diamante Online
26/06/2020 às 15:30 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A justiça britânica condenou Jonty Bravery, 18, a 15 anos de prisão por ter jogado um menino de 6 anos do 10º andar da Tate Modern, o museu nacional de arte moderna de Londres, em agosto de 2019. A criança sobreviveu à tentativa de homicídio.
Laudos psiquiátricos apontam que Bravery é autista e possui transtorno de personalidade mista, mas o tribunal entendeu que o diagnóstico não explica o ataque, e que o adolescente representa "risco grave e imediato ao público".
"Você pretendia matar alguém naquele dia. Você quase matou aquele garoto de seis anos", disse a juíza Maura McGowan durante o anúncio da sentença, nesta sexta-feira (26). "Você vai passar a maior parte da sua vida, se não toda ela, detido. Você pode nunca ser libertado".
A vítima foi jogada de uma altura de 30 metros e encontrada em um telhado do quinto andar do museu. O menino, que é francês e estava em um passeio de férias com a família, sobreviveu à queda, mas teve um sangramento no cérebro e fraturas nas pernas, nos braços e na coluna.
Hoje, vive em uma cadeira de rodas e precisará de cuidados e suporte em tempo integral até, pelo menos, 2022. Em uma declaração lida pela Promotoria no tribunal, os pais da criança disseram que "palavras não são suficientes para descrever o horror". Eles temem que o filho nunca mais confie em ninguém e que veja qualquer estranho como uma ameaça.
De acordo com a justiça britânica, o crime de Bravery foi premeditado. O adolescente, então com 17 anos, disse à polícia, ao ser detido, que planejava machucar alguém no museu para aparecer na televisão.
Bravery já havia dito a seus cuidadores que planejava matar alguém dessa forma. No dia anterior ao crime, também pesquisou na internet como matar pessoas e, segundo o que admitiu depois a psiquiatras, pensou em três possibilidades: estrangular uma mulher ou uma criança, afogar uma criança ou atirar alguém de um prédio alto.
"Ele disse que tinha que provar a todo idiota que dizia que ele não tinha um problema mental que ele não deveria estar em comunidade", disse à corte a promotora Deanna Heer.
Bravery vivia em uma moradia social mantida por autoridades locais e, de acordo com o serviço social do distrito em que morava, tinha um histórico de agressão aos cuidadores. Nos meses que antecederam o ataque, entretanto, recebeu permissão para sair durante quatro horas por dia, depois de apresentar sinais de melhora e bom comportamento.
Folhapress
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