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Após se entregar, Novo Lázaro confessou triplo homicídio “com frieza”
Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, foi convencido a se entregar à Polícia Militar por uma fazendeira que mora em Gameleira de Goiás
Da Redação do Diamante Online
04/12/2021 às 16:50 | Atualizado em 20/04/2024 às 16:15
A polícia deu detalhes da prisão de Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, acusado de matar a esposa, a enteada de 2 anos e um fazendeiro em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em coletiva de imprensa na 3ª Delegacia Regional de Polícia em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que o caseiro confessou os crimes, após se entregar à Polícia Militar em Gameleira de Goiás.
“Ele está falando, não está negando, mesma frieza do vídeo em que debocha da facada (dada em mulher no ano de 2019)“, disse o secretário.
O jovem se entregou na manhã deste sábado (4/12) após invadir uma propriedade rural no município de Gameleira de Goiás. No local, ele foi acolhido pela dona da fazenda, Cinda Mara, que o convenceu a se entregar. O caseiro estava com um revólver calibre .38 furtado do patrão, em Corumbá de Goiás, um celular e balas de diferentes calibres.
Na coletiva, que teve a participação do delegado regional de Anápolis, Vagner coelho, o titular da SSP-GO disse que o criminoso vai responder por feminicídio, um aborto — já que a esposa estava grávida de quatro meses — latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo de uma arma de fogo. As penas somadas ultrapassam 100 anos de prisão.
Wanderson – chamado de “Novo Lázaro” por agir de forma semelhante a Lázaro Barbosa, 33 – chegou à fazenda de um casal na zona rural de Gameleira de Goiás, por volta das 6h da manhã deste sábado, e apontou o revólver pela janela.
Dona Cinda, a dona da propriedade, ofereceu água, comida e roupas limpas, já que Wanderson estava sujo, molhado e com frio. A dona da fazenda e o marido ainda o convenceram a se entregar.
O criminoso foi levado pelos donos da fazenda à cidade, onde se entregou e foi detido pela Polícia Militar. Em seguida, Wanderson foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia em Anápolis.
“Dona Cinda não sofreu nenhum tipo de violência. O homem foi ao local já com a intenção de se entregar, estava com fome, cansado”, disse o secretário de Segurança de Goiás. Wanderson vai ser encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por exame de corpo de delito, e deve ficar isolado de outros detentos, a princípio na carceragem em Aparecida de Goiânia. A prisão dele deve ser convertida em preventiva na audiência de custódia.
Suspeito de três homicídios em Corumbá de Goiás, o caseiro estava fugindo das autoridades há seis dias. As forças de segurança fizeram um cerco na região de Alexânia, Abadiânia e Gameleira de Goiás. De acordo com Rodney, as polícias traçaram estratégias compatíveis com os riscos que a comunidade corria com o indivíduo solto. “Apertamos o cerco, principalmente na área rural. Hoje cedo se entregou e está sendo ouvido pela polícia”, disse o secretário.
Wanderson é acusado de matar a facadas a companheira Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, e a filha dela, Geysa Aranha Rocha de Souza, de 2 anos, além de um fazendeiro na região de Corumbá de Goiás, no Entorno do DF.
Crimes em série
Após esfaquear a barriga da esposa e também matar a facadas a enteada, o caseiro furtou a arma do patrão e disparou contra o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73 anos, que morava ao lado da propriedade onde o caseiro trabalhava. O criminoso agrediu, tentou estuprar e deu um tiro no ombro da esposa do fazendeiro. Ela só escapou porque se fingiu de morta em um matagal. O homem ainda bateu em Cristina Nascimento Silva, 45, e mordeu o rosto dela. A mulher está internada em um hospital de Goiânia (GO) e corre o risco de perder a visão.
A caminhonete roubada do fazendeiro vizinho ao local onde Wanderson trabalhava foi abandonada em uma rodovia da região. Wanderson vendeu o celular que pertencia a sua esposa a um receptador de Alexânia, que acabou sendo preso. Da cidade, ele fugiu de táxi para Abadiânia. Um taxista confirmou ao Metrópoles que fez a viagem. “Poderia ter sido morto“, disse o homem.
Metrópoles
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