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Brasileiro descobre manuscrito mais antigo sobre a infância de Jesus

O documento foi escrito em grego, confirmando as suposições de pesquisadores sobre a linguagem original do evangelho.

Por Redação

16/06/2024 às 11:11 | Atualizado em 16/06/2024 às 11:15

O pesquisador brasileiro Gabriel Nocchi Macedo foi um dos responsáveis por descobrir e decifrar o manuscrito mais antigo sobre a infância de Jesus. 

Trecho modificado de Salmo escrito no século 6 é encontrado em Jerusalém.

Papiro descoberto no Cairo em 2022 traz trechos do "Livro Egípcio dos Mortos".

Por décadas, um papiro estava largado em uma biblioteca da universidade de Hamburgo, na Alemanha, sem que ninguém percebesse a sua importância histórica.

Os papirologistas Lajos Berkes, da Universidade de Humboldt, em Berlin, e o brasileiro Gabriel Nocchi Macedo, da Universidade de Liège, na Bélgica, estudaram o manuscrito e identificaram ser a cópia mais antiga do “Evangelho Pseudo-Tomé”.

O pesquisador brasileiro Gabriel Nocchi Macedo. Imagem: Uliege/Divulgação

Gabriel Nocchi Macedo é de Porto Alegre, mas mora na Bélgica há 20 anos. Especialista em papirologia, a ciência que estuda os papiros, o brasileiro é professor de papirologia grega e latina do Departamento de Ciências da Antiguidade, da Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Liège.

Descoberta histórica

O pesquisador brasileiro descobriu que o manuscrito relata a infância de Jesus e data do século V, traduzindo um conteúdo que não está na Bíblia, segundo uma nota publicada na quarta-feira (12), pela universidade de Humboldt.

A tradução feita por Lajos Berkes e Gabriel Macedo é uma “descoberta significativa para o campo da pesquisa”. Antes desse papiro, cientistas acreditavam que a versão mais antiga do “Evangelho Pseudo-Tomé” era um códice do século XI.

De acordo com o brasileiro, o papiro descreve um milagre de Jesus durante a infância, que foi dar vida a pássaros de argila. O documento foi escrito em grego, confirmando as suposições de pesquisadores sobre a linguagem original do evangelho.

Imagem: Universitätsbibliothek Hamburg/Divulgação

Berkes e Macedo usaram tecnologias recentes para decifrar o idioma do texto no papiro e, posteriormente, compararam com outros textos cristãos do mesmo período. Ao decifrar letra por letra, os pesquisadores perceberam que o documento não se tratava de um registro qualquer.

Além disso, eles acreditam que o “Evangelho Pseudo-Tomé” foi criado como um exercício de escrita de uma escola ou monastério, o que, segundo eles, explica a caligrafia “desajeitada e as linhas irregulares”.

gizmodo.uol

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