Paraíba
Cinco pessoas são presas suspeitas de envolvimento na execução de liderança do MST na Paraíba
José Roberto da Rocha era agricultor e apontado por amigos como liderança do MST.
Por Redação
27/06/2024 às 21:40 | Atualizado em 05/10/2024 às 08:36
José Roberto da Rocha era agricultor e apontado por amigos como liderança do MST na região — Foto: Divulgação/MST-PB
Cinco pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (27) suspeitas de envolvimento no assassinado do agricultor José Roberto da Rocha, de 53 anos, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na Paraíba (MST-PB) cujo corpo foi encontrado carbonizado no dia 24 de março deste ano. A ação aconteceu em meio a uma operação policial realizada em Mata Redonda, distrito de Alhandra, município paraibano que faz parte da Região Metropolitana de João Pessoa.
A operação coordenada pela Delegacia de Homicídios de Alhandra tinha o objetivo de cumprir nove mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e quatro de prisão.
Desses mandados de prisão, três foram cumpridos. Um homem que também seria preso não foi encontrado e é considerado foragido da justiça. Outras duas pessoas, no entanto, foram presas em flagrante por porte ilegal de armas.
Junto com as prisões, foram apreendidas quatro armas de fogo de grosso calibre e uma grande quantidade de drogas e munição.
Armas, munições e drogas também foram apreendidas — Foto: Antônio Vieira/TV Cabo Branco
José Roberto da Rocha coordenava um acampamento do MST localizado na região. O seu corpo foi encontrado ao lado de seu carro, que também estava queimado.
De acordo com o delegado Edernei Hass, da Delegacia de Homicídios de Alhandra, investigou-se inicialmente se o caso tinha relação com conflitos fundiários, o que depois foi descartado.
O delegado declarou que a execução, cometida com requintes de crueldade, foi autorizada pela liderança de um grupo criminoso, que suspeitava que o agricultor tinha passado informações para um grupo rival. A Polícia Civil, contudo, acredita que essa suspeita tinha fundamento.
Edernei Hass informou ainda que todos os presos têm menos de 23 anos, demonstrando uma tendência dos grupos criminosos cooptarem pessoas cada vez mais jovens para o cometimento de crimes.
G1
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