Policial
Homicídios de mulheres têm redução de 33% em 6 anos na Paraíba, diz governo
Segundo os dados levantados pelo Centro da Mulher 8 de Março, houve uma queda de 45,6% nos homicídios de mulheres de 2012 (127) para 2016 (69)
Da Redação do Diamante Online
11/03/2017 às 21:09 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
O número de homicídios de mulheres teve uma redução de 33,5% em seis anos, na Paraíba, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds). O levantamento do Núcleo de Análise Criminal e Estatística (NACE) calculou os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) contra mulheres de 2011 a 2016.
Em 2011, foram registrados 146 homicídios de mulheres, o maior número desde então. O ano de 2016 fechou com 97 crimes deste tipo. No ano anterior, foram 113 homicídios, o que corresponde a uma queda de 14% de 2015 para 2016.
A subcoordenadora das Delegacias da Mulher no estado, Renata Matias, ressalta que nem todos os homicídios de mulheres calculados pela Seds são resultado da violência doméstica ou classificados como feminicídio - que se trata do assassinato de mulher pela condição de ser mulher e é considerado crime hediondo.
O Centro da Mulher 8 de Março tem números que chegam mais perto dessa estatística. Os dados da organização se baseiam apenas nos casos divulgados pela mídia. Porém, o 8 de Março exclui os casos de latrocínio e bala perdida e ainda separa todos os crimes que tiveram envolvimento com o tráfico de drogas, excluindo os homicídios que não estão relacionados com violência doméstica ou feminicídio.
Segundo os dados levantados pelo Centro da Mulher 8 de Março, houve uma queda de 45,6% nos homicídios de mulheres de 2012 (127) para 2016 (69). Comparando 2016 com o ano anterior, os homicídios caíram 4%, de 72 para 69. Desconsiderando os casos relacionados ao tráfico, a diminuição foi de 24% tanto no acumulado dos cinco anos quanto de 2015 para 2016, de 50 para 38 homicídios.
“A gente fica preocupado porque, no centro, a gente sabe que essa violência é um caso crítico da nossa sociedade, que não está tendo diminuição. A gente está dentro das comunidades, nos centros de serviços, e sabe do que está acontecendo na Paraíba, sabe da dificuldade dessas mulheres. Então a gente fica preocupado quanto à mídia. Será que a mídia está deixando de se interessar por esses casos, por essa área? Será que não estão mais se sensibilizando pela violência contra a mulher, estão sabendo se direcionar? O que é noticiado é o que acontece publicamente, não dentro de casa”, comentou a coordenadora do banco de dados do 8 de Março, a advogada Larina Lacerda.
A delegada Renata Matias explicou que as coordenações têm agido na prevenção à violência contra a mulher. Para isso, têm ido a canteiros de obras, colégios, associações de bairro para falar sobre o problema.
“As mulheres estão denunciando mais, estão tendo mais coragem. Elas veem que a Lei Maria da Penha está para ajudar e que a delegacia pode ajudar a sair dessa situação de violência. Também é importante levar conscientização às pessoas. Antigamente, diziam que em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. Mas hoje vemos um aumento no número de familiares e amigos que procuram a delegacia para ajudar pessoas próximas porque sabem que elas não estão conseguindo sair sozinhas dessa situação”, ressaltou Renata.
Assessoria
Tópicos
Mais Notícias em Policial
Operação
Usuários usavam cartão do Bolsa Família para pagar drogas no Sertão da PB
Cartões do programa social, eram usados para pagar dívida de drogas.
04/05/2024Prisão
Suspeito de homicídio em Piancó é preso no estado do Acre
Crime aconteceu em agosto de 2022.
04/05/2024Operação Alcateia II
Polícia prende suspeito de tentativa de homicídio e tráfico de drogas em Piancó
Na ação um menor foi apreendido.
04/05/2024