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Brasil

Oposição quer CPIs do “arrozão” e da milícia digital petista

Toda CPI na Câmara precisa de 171 assinaturas, e essa está chegando perto.

Por Redação

13/06/2024 às 07:36

Fachada de mercearia de Macapá que venceu leilão milionário para compra de arroz pela Conab. - Reprodução

Fachada de mercearia de Macapá que venceu leilão milionário para compra de arroz pela Conab. (Foto: Reprodução)

A Câmara dos Deputados está se movimentando para criar comissões parlamentares de inquérito. Uma é a do “arrozão”, como estão chamando o leilão de 200 mil toneladas de arroz, vencido por uma quitanda de Macapá e uma sorveteria. Um dinheirão em jogo, em uma importação desnecessária. A CPI serviria para saber o que há por trás disso. Por enquanto, pegaram o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura como bode expiatório. E ele disse que havia um parecer contrário dos técnicos do Ministério da Agricultura, que não precisava importar arroz. Mas o presidente queria interferir no mercado. Toda CPI na Câmara precisa de 171 assinaturas, e essa está chegando perto.

A oposição ainda quer outra CPI, sobre a milícia digital do PT apoiada pelo governo. Quem acompanhou uma série de reportagens do Estadão sabe do que se trata. Já mencionei aqui um dos fabricantes de notícias falsas, apoiador do governo, que publica os maiores absurdos. Acho que quando há notícia falsa é sempre o atingido que tem de tomar a iniciativa, pode recorrer ao Código Penal. E os demais, por favor, não sejam ingênuos, desconfiem. Apareceu uma história do “arroz de plástico da China”, houve gente que acreditou naquilo e repassou para mim. Pelo amor de Deus! Quem acredita nisso cai fácil em conto do vigário.

Falando em milícias digitais, a senadora Damares Alves cometeu uma distração ou uma ingenuidade. Ela fez um ofício para o ministro Alexandre de Moraes, pedindo para incluir no inquérito das “milícias digitais” esse produtor de notícias falsas que apareceu no Estadão e que apoia o governo. Mas com isso ela está assinando embaixo, endossando, avalizando, passando um crédito para esses “inquéritos do fim do mundo”, que são ilegais desde o princípio, desde a origem, em que ministro do Supremo é investigador, vítima, delegado de polícia, promotor, julgador, executor, é tudo. E inquérito contra gente que nem devia estar no Supremo. Então acho que ela errou, e com esse pedido passou a impressão de que o inquérito é legal.

Câmara corre para aprovar PEC das Drogas

Senado já havia aprovado o projeto de emenda constitucional que vai considerar crime a guarda e o transporte de qualquer quantidade de droga, inclusive para evitar que o Supremo libere a droga do pequeno consumidor, que também vai ser o pequeno traficante, um minivarejista. Só falta um voto para o Supremo decidir a descriminalização, então a Câmara está correndo. Nesta quarta, a PEC passou pela Comissão de Constituição e Justiça por 47 votos a 17. Agora, vai passar por outra comissão, e em seguida vai para o plenário.

Alexandre Garcia

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